
Comunicado sobre a posição do Governo, no que concerne aos despedimentos e à redução nas reformas
Comunicado sobre a posição do Governo no que concerne aos Despedimentos e à redução nas Reformas
O horizonte do Governo parece muito cerrado, porquanto não avista outros alvos, para sacrificar, que não sejam os funcionários públicos, entre estes os professores, e os reformados.
É a Lei do “desenrasca” que dita a aquisição de verbas avultadas, apressadamente, junto destes grupos de cidadãos por lhes ser mais fácil cortar naqueles que estão“na sua mão” em termos remuneratórios, bem assim, a supressão de quantitativos nas reformas, cujos depósitos dos aposentados,ao longo de décadas, também estão igualmente “à mão de semear” do Governo,na Caixa Geral de Aposentações.
Falta a este Governo elasticidade mental para procurar outras soluções, mas não as procura propositadamente, para não ferir susceptibilidades junto dos grandes interesses instalados no País, como por exemplo o caso das Fundações, que recebem verbas avultadas dos nossos impostos e cujos dirigentes auferem vencimentos opíparos. Este é um dos muitos exemplos.
Devemos também lembrar os milhões que foram injectados pelo Estado, outrossim dos nossos impostos, no BPN, para rapidamente passar ao esquecimento e, finalmente, como sempre, “a culpa morrer solteira”.
Não seria mais acertado aplicar impostos às grandes fortunas e cortar nas fortunas, nos vencimentos e reformas milionárias que existem neste País onde, paradoxalmente a fome impera, há muito tempo, e de forma drástica?
Os despedimentos de modo atabalhoado, sem fazer um estudo sobre as necessidades dos serviços, enterram cada vez mais a economia e aumenta de forma irreparável o número de desempregados.
Salários e reformas baixas não fomentam a economia, pois se as pessoas possuem poucos ou nenhuns proventos não lhes é possível fazer um consumo razoável e, portanto, ajudar a economia.
O desemprego como “chaga social” vem arrastando para o abismo de modo assustador a economia do País.
A orientação do Governo, virada só para os funcionários públicos e para os reformados,é inequivocamente errada. Tem que adquirir verbas junto das grandes fortunas,dos grandes ganhos dos bancos,das reformas e vencimentos milionários e acabar com a maior parte das Fundações, etc.
Nem no tempo do fascismo os professores foram obrigados a leccionar tantas horas como as que o Governo agora propõe. Só quem nunca lecionou no ensino não superior pode fazer uma proposta destas. É colocar, de forma leviana, em risco a Educação do País.
Será que a extensa classe política, em todos os sectores, não poderia ser reduzida em número e em regalias?
Serão só os funcionários públicos, entre estes os professores,que estão a mais e os únicos a pesar no orçamento? É aconselhável mais ponderação, por parte do Governo, no que respeita à sangria que se propõe efectivar de forma rígida e unilateral sacrificando uns, aliás, sempre os mesmos,e deixando imunes outros mostrando que não tem, mesmo nunca teve,a coragem de lhes tocar.
A Direcção Nacional
Lisboa, 4 de Maio de 2013.
Ver ainda a Proposta sobre os docentes com horário zero, que enviámos para o MEC, em 30 de Abril de 2013
