Comunicado

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“Cabecinhas Pensadoras”!

 

   O que é incrível é quem nunca ou quase nunca lecionou, porque esteve sempre na “crista da onda” a mandar nas escolas e, em nosso entender, “a inventar bojardas”, para aparecer na Comunicação Social, no tocante a gestão pedagógica dos estabelecimentos de ensino.

   Como é que alguns presidentes dos conselhos pedagógicos ousam propor que um aluno pode transitar de ano com sete negativas, seja a que pretexto for?

   O facilitismo é inimigo do trabalho e de rigor e conduz, necessariamente, ao fracasso sucessivo dos alunos. Como ousam sugerir que os três períodos letivos se transformem somente em dois?

   Toda a gente sabe, mesmo sem ser professor, que as crianças e os jovens necessitam de períodos de descanso para poderem fazer “a sua caminhada” com sucesso.

   Outrossim, os docentes, porque são seres humanos, não máquinas e, por outro lado, têm de refletir sobre o trabalho executado com os alunos no período cessante; corrigir ou alterar, se necessário for, planos e estratégias de ensino, em especial para os discentes com menos aproveitamento, etc.

   A tarefa de ensinar não é compaginável com o trabalho de “manga-de-alpaca”, usando a expressão do nosso talentoso escritor Fernando Pessoa.

   Enfim, posições antipedagógicas e também escravagistas dos acima visados ao considerarem que os Professores do 1º Ciclo e os Educadores de Infância devem lecionar duas semanas de aulas, para além do excesso de horas letivas semanais que exercem, relativamente aos outros colegas dos outros graus de ensino, sem compensações financeiras ou na aposentação.

   Nunca estivemos contra os horários destes colegas, mas sim contra o facto de não sermos tratados em pé de igualdade.

  Pura discriminação entre profissionais do mesmo setor.

 Lisboa, 12-07-016

A Direção